Miguel Albuquerque: «O que está a acontecer na Madeira é consequência das políticas desportivas»

Image

Miguel Albuquerque recordou hoje, na sua visita às Piscinas do Funchal, onde apoiou a seleção nacional de juniores, os tempos em que foi nadador, recordista e campeão regional.  O presidente do Governo Regional da Madeira comparou esses tempos, “importantes na sua formação” e a atual realidades com “outras condições”, traçando aquelas que são as grandes linhas orientadoras do desporto na Madeira.

A Madeira recebe grandes eventos desportivos, como este Europeu de Polo Aquático sub19, como integra essas organizações no desporto da Região?

O que está a acontecer na Madeira é consequência das politicas desportivas a nível de formação. Temos um conjunto de modalidades muito variada. O que se passa a nível de desporto na região é fruto de politicas concretas de investimento direto, quer no desporto escolar, que nos apoios às associações e aos clubes. Isso resulta que as pessoas das novas gerações estão a receber o fruto desse apoio nessas áreas.

O bem receber da Madeira, e dos portugueses em geral, também se reflete na excelência e no sucesso desta organização?

Por vezes, temos alguns complexos em relação ao nosso país em termos de organização. Nós temos as mesmas capacidades que os outros. Temos é de planear e organizar. Porque com a nossa afetividade, em termos de saber receber as pessoas, só ganhamos com isso. Ao nível dos eventos, tanto  na Madeira, como no plano  nacional, as pessoas gostam imenso porque são bem acolhidas.

Este Europeu, com uma seleção nacional, motiva a região a reativar o Polo Aquático?

Quando pratiquei natação, o polo aquático tinha alguma dinâmica e neste momento a nossa Associação de Natação, em parceria com a Federação Nacional, segundo a nossa ideia, é reativar o polo aquático,  assim como os saltos para a água, modalidades que têm condições ótimas. Por isso, temos de relançar essas modalidades, começando pelas áreas de formação. Temos algumas possibilidades, em colaboração da federação nacional e pessoas habilitadas, treinadores a fazer um trabalho de base. O nosso presidente da Associação pode contar connosco. O polo  aquático, assim como os saltos são modalidades extremamente atrativas. Se lançarmos as sementes agora vamos colher os frutos. Não tenho nenhuma duvida. Modalidades que têm enormes vantagem na formação dos jovens com autodisciplina e formação integral.

Foi nadador, conhece bem as dificuldades que é a pratica destas disciplinas, praticou polo aquático também?   

Pratiquei mergulho no complexo antigo que era o Lido. Na época em que nadei a natação na Madeira era muito forte, muito competitiva, com grandes assistência de publico, com uma rivalidade entre o Nacional e o União. Lembro-me de centenas, milhares de pessoas a assistir mas não tenho nenhuma duvida que hoje existem condições muito melhores que no meu tempo. Praticávamos de inverno nas piscinas dos hotéis... quando cediam.  Treinávamos em água fria no mar e competíamos no Lido  com provas altamente competitivas. Participei várias vezes em campeonatos nacionais e fui recordista da Madeira dos 200, 400, 800 e 1500 livres. Foi um tempo muito interessante da minha vida que me deu valores e experiências que acabei por aproveita para a minha vida  pessoal e profissional.